quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Tamanho PP, Obrigado
Carta do Carlos
Devolve minha bunda gata
é a coisa mais comum do mundo ver miguxos internautas colando letras de música e textos de qualquer natureza em seus fotologs/perfis de orkut sem colocar os créditos. não é muito legal, mas passa, desde que a criatura não assuma a autoria. pra quem produz esses escritos é ingrato, mas ainda assim uma massagenzinha no ego. enfim, parte do ônus de pôr a cara na tela.
o que me "derrubou o cu da bunda", como diria meu digníssimo e desbocadíssimo mexicano de estimação, foi encontrar uma foto do meu derrière no álbum de fotos de uma desconhecida como se [a bunda] a ela pertencesse. o pior: até a legenda foi copiada - "é tudo uma questão de ângulo".
o que fazer numa situação dessas? a) sentir-se a última delícia do universo; b) mandar a mina malhar a própria bunda, fazer umas fotos e ter fé no photoshop; c) sugerir à mina pegar uma obra; d) nada; e) n.d.a. pois foi letra e: educadamente pedi minha bunda de volta. e minha legenda também. egoísmo? vaidade? pode ser. mas a bunda é minha e nela ninguém tasca. até tasca, na verdade, mas com minha permissão. muito justo.
bem sei que é impossível dar crédito a tudo o que se divulga porque muito do que circula pela internet tem origem incerta. entendo perfeitamente o intuito desses ctrl+c/ctrl+v: parecer bem na foto. até aí, perfeito. agora, assumir a propriedade intelectual de um texto, de uma música ou mesmo de uma bunda que se sabe de onde veio é muita falta de noção. falta de noção ponto, assim mesmo, porque inexiste continuação não ofensiva possível pra essa frase.
sem aspas nem referência, vá lá; assinar em nome de outro ou, pior ainda, se apropriar do bumbum alheio é pedir pra ser mandado carpir uma roça [pra não dizer outra coisa, porque depois de ler dener - o luxo decidi tentar ser uma pessoa phi-na. tá difícil...]. questão de honestidade, senhores.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Carta ao senhor destino
Com açucar, com afeto.
- hãm... sim.
- cara... preciso te confessar uma coisa. sou apaixonada por você há mais de dez anos. juro. [suspiro profundo]
- [sorriso sem graça]
- casa comigo?
- [gargalhada sem graça]
- tá... não precisa casar, mas me deixa ser sua arrumadeira, faxineira, cozinheira, objeto sexual...
é óbvio que a conversa acima nunca aconteceu, mas acho que se algum dia francisco buarque de hollanda cruzasse meu caminho, a tietagem seria algo nesse nível.
Sou simples como ser feliz
Não vai dar tempo? aperta o passo e pede desculpa pelo atraso.
não tem chão pra dar um passo adiante? dá um pulinho.
mudou de idéia? parabéns, sinal que você pensa.
tá apaixonado? decide o destino das borboletas.
não quer desistir ainda? força no salto doze.
não gostou? cospe, vomita, põe pra fora.
quer brincar? não assume compromisso.
tá preso no quase? dá um passo adiante.
tá em dúvida? pensa mais um pouco.
tá diante do nariz? abre os olhos.
começou uma guerra? concilia.
tá com medo? foge ou enfrenta.
não tem saída? dá meia-volta.
não quer saber? não procura.
não tem conserto? joga fora.
a festa acabou? vai embora.
tá sem cor? joga tinta.
não quer? não come.
tá ruim? põe um fim.
estragou? conserta.
tá doendo? chora.
não sabe? estuda.
tá difícil? facilita.
a ordem é: simplificar.
Corações Famintos
romance hoje em dia é raro. ele simplesmente não floresce em grande parte das pessoas. e é esse o mundo em que os eternos amadores têm que viver. pra que romantismo se tem camisinha e pílula? pra que flores se tem sms? ora, francamente! pra que uma pessoa que pensa assim se aproximar de outras? melhor ficar só nos relacionamentos virtuais, sem cheiro nem temperatura; melhor assistir a um filminho de sexo; enfim, se for pra se guardar melhor então nem vir.
o problema de ser um amante nato é ter que passar a maior parte da vida faminto. fome de gente, de afeto, do outro. fome de se dar, de amar completamente, de ver em significado cada respiro. com o passar do tempo e das inevitáveis decepções, não há love addicted que não procure uma bolha pra se esconder, pra evitar novas quedas. preferimos a fome ao tapa. escolhemos a secura de ser só pra não perder a esperança, um spa para corações obesos de bem-querer.
eu sinto fome, tu sentes fome, ele é faminto e vamos muito bem, obrigada. saber quando não amar também é um dom. com esse eu não nasci, mas tô me esforçando. sem amor nem só a loucura. sem amor nem só a loucura. sem amor nem só a loucura. sem amor nem só a loucura.
A espera
O figado e os sapos nossos de cada dia
Aceita todos os sapos que a gente engole na vida e ainda permite que soltemos aquele sorriso amarelo de canto de boca toda vez que algo nos viola a alma.
Desde pequenos somos obrigados a amestrar o fígado a processar aquilo que, se o mundo fosse justo, viraria uma bofetada bem dada na cara de quem nos afronta.
Um exemplo: que criança gosta de ter a bochecha apertada pela tia tosca?; ou quem suporta ser chantageado a qualquer tentativa de não comer... fígado(!) no almoço?
Quando a gente cresce um pouco, começamos a sofrer do famoso “bullying” na escola pelos colegas menos providos de segurança no próprio taco, o que transforma a adolescência na prova de fogo crucial à resistência hepática, numa espécie seleção natural para a vida adulta. Só cresce quem tem fígado forte.
Mais tarde, somos bombardeados por chefes inseguros, colegas inúteis, cônjujes carentes, amigos incômodos, filhos tiranos e por nós mesmos cansados e auto-sabotadores, dando início a um curioso processo de auto-suficiência alimentar: passamos nós mesmos a produzir os sapos nossos de cada dia, sem mais precisar da boa-vontade alheia.Só então, com sorte, envelhecemos resignados e morremos aliviados.
Nessa hora, deveria ser lei que todo e qualquer fígado de todo e qualquer ser humano que passe desta pra uma melhor, seja retirado e mantido em câmara criogênica, num processo similar ao dos cordões umbilicais dos recém-nascidos, para estudos antropológicos posteriores.
Afinal, tão importante quanto a impressão digital, os livros e as artes para entender o homem, sua individualidade e seu tempo, é o que o fígado de cada um tem a dizer sobre seu finado e engolidor de sapos dono.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Os segredos do sexo oral
eu to gordo?
Minha vingança é saudavel sim!
IN-DEPENDÊNCIA
Polaróides urbanas
preferidos são de um genero não muito facil de se achar.
Comédia cotidiana com uma pitada de drama,
enche meus olhos.
"Polaróides Urbanas" é o primeiro longa assinado por Miguel Falabella. É um texto adaptado de sua peça "Como encher um biquini selvagem", com previsão de estréia para março de 2007. Conta com um grande elenco: Marília Pêra, Arlete Salles, Natália do Vale, Neuza Borges, Ana Roberta Gualda, Stella Miranda, Alexandre Slaviero, Juliana Baroni, Otávio Augusto, Marcos Caruso, Jacqueline Laurence entre outros.O desenrolar da história começa quando a dona-de-casa Magali (Marília Pêra) vai ao teatro e descobre que a atriz principal do espetáculo, Lise Delamare (Arlette Salles), é paciente de sua terapeuta, Dra. Paula (Natália do Valle). Enquanto Magali sofre com sua vidinha simples e acomodada, Lise passa por crise de síndrome do pânico. A médica, por sua vez, tem conflitos no relacionamento com a filha, Melanie (Ana Roberta Gualda), uma esquizofrênica, que tenta se matar. Quem segura a onda é Crioula (Neuza Borges), ama de leite de Melanie.